quinta-feira, 3 de outubro de 2013
WebQuest: um desafio para o professor!
“Nestes novos tempos, os professores precisam simplesmente ser professores. Essa é a principal mensagem deste livro inovador sobre WebQuest, uma solução simples e poderosa de uso da rede mundial de computadores em aventuras de aprendizagem. As autoras sugerem que os professores utilizem o saber para aproveitar, de modo inteligente, a riqueza de informações disponíveis na Web. "WebQuest: um desafio para o professor!" vê o docente como um arquiteto cuja missão principal é projetar ambientes que possam ajudar os alunos a construir saber pessoal. Projetos arquitetônicos não são edifícios prontos. São, muito mais, desenhos de sonhos possíveis que, uma vez aceitos pelos construtores, transformam-se em obras sólidas e duradouras. A proposta da obra é mostrar que o professor, com ou sem conhecimentos de informática, pode ser um autor de WebQuest. Assim, as autoras mostram para os professores um caminho de autoria, indicando como é possível usar a Web na criação de ambientes desafiadores de aprendizagem. A outra virtude é o esclarecimento de que uma WebQuest não precisa necessariamente ser apresentada por meio de uma página da Web. Ela pode ser feita com programas comuns, como o Word ou o PowerPoint, já dominados por muitos professores As autoras passam para os leitores a mensagem de que produzir WebQuest é uma atividade de parceiros interessados em fazer uma educação atualizada, de qualidade e que utiliza bem a riqueza de informações proporcionada pela rede mundial de computadores.” (Fonte: ABED, 2009, 14º CIAED, Santos/SP- disponíel em: http://www.abed.org.br/congresso2008/programa.asp)
Trocamos educação por tecnologia?
Estamos trocando a educação para a liberdade responsável e para a autonomia pelos recursos tecnológicos mais avançados, é isso? O caminho é sedutor porque bem mais simples e com custos bem menores. Os pais, preocupados com a segurança dos filhos -ah, o que não temos feito em nome desse item!- acabam consumindo, sem grandes reflexões, as idéias mais absurdas. Como essa, por exemplo, do controle da localização dos filhos pelo celular.
Ora, ora! Quem diria que a geração pós-Segunda Guerra, que lutou pela democracia e pela liberdade, que bradou contra a tutela da família, chegasse a esse ponto com os próprios filhos? "Ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais..."
O controle é eficiente para acalmar as aflições dos pais. É eficiente, ainda, para provocar efeitos colaterais dos mais indesejáveis, e outros riscos. Vejamos.
Em primeiro lugar, se tem quem controle o jovem, por que haveria ele de se responsabilizar pelo autocontrole? Mais fácil deixar para os pais essa tarefa difícil já que eles assim o desejam. Em segundo, tem a dificuldade da construção da privacidade. E sem privacidade, não há intimidade. E tem mais , ainda: se os pais não acreditam que o filho seja capaz de avaliar situações de risco, de se proteger, de caminhar com as próprias pernas, por que ele mesmo acreditaria?
Pensando bem, é uma bobagem preocupar-se com isso. Os jovens sempre têm respostas inteligentes para propostas medíocres. Eles encontrarão um jeito de burlar o dispositivo. Não são eles os melhores no uso da tecnologia?
ROSELY SAYÃO é psicóloga e autora de "Como Educar Meu Filho?" (Publifolha)
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1212200404.htm
ROSELY SAYÃO
ESPECIAL PARA A FOLHA
Estamos trocando a educação para a liberdade responsável e para a autonomia pelos recursos tecnológicos mais avançados, é isso? O caminho é sedutor porque bem mais simples e com custos bem menores. Os pais, preocupados com a segurança dos filhos -ah, o que não temos feito em nome desse item!- acabam consumindo, sem grandes reflexões, as idéias mais absurdas. Como essa, por exemplo, do controle da localização dos filhos pelo celular.
Ora, ora! Quem diria que a geração pós-Segunda Guerra, que lutou pela democracia e pela liberdade, que bradou contra a tutela da família, chegasse a esse ponto com os próprios filhos? "Ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais..."
O controle é eficiente para acalmar as aflições dos pais. É eficiente, ainda, para provocar efeitos colaterais dos mais indesejáveis, e outros riscos. Vejamos.
Em primeiro lugar, se tem quem controle o jovem, por que haveria ele de se responsabilizar pelo autocontrole? Mais fácil deixar para os pais essa tarefa difícil já que eles assim o desejam. Em segundo, tem a dificuldade da construção da privacidade. E sem privacidade, não há intimidade. E tem mais , ainda: se os pais não acreditam que o filho seja capaz de avaliar situações de risco, de se proteger, de caminhar com as próprias pernas, por que ele mesmo acreditaria?
Pensando bem, é uma bobagem preocupar-se com isso. Os jovens sempre têm respostas inteligentes para propostas medíocres. Eles encontrarão um jeito de burlar o dispositivo. Não são eles os melhores no uso da tecnologia?
ROSELY SAYÃO é psicóloga e autora de "Como Educar Meu Filho?" (Publifolha)
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1212200404.htm
Cala a boca já morreu?
Por, Rosely Sayão, psicóloga e consultora em educação, fala sobre as principais dificuldades vividas pela família e pela escola no ato de educar e dialoga sobre o dia-a-dia dessa relação. Escreve às terças na versão impressa de "Cotidiano".
"Cala a boca, menino!" Essa frase já foi usada com regularidade por muitos pais há algum tempo. Quando a criança interrompia uma conversa de adultos com insistência, quando falava o que não deveria falar, quando o momento exigia silêncio, por exemplo, a frase era dita com tranquilidade pelos adultos.
O mais interessante é que a expressão não era considerada agressiva, tampouco humilhante, nem pelos adultos nem pela própria criança. Era como dizer "Fica quieta, menina!" de modo mais incisivo, quando a situação assim o exigia."Cala a boca, menino!" Essa frase já foi usada com regularidade por muitos pais há algum tempo. Quando a criança interrompia uma conversa de adultos com insistência, quando falava o que não deveria falar, quando o momento exigia silêncio, por exemplo, a frase era dita com tranquilidade pelos adultos.
Com o passar do tempo, os conceitos de educação dos filhos mudaram, a maneira de tratar a criança mudou e os adultos passaram a buscar uma convivência com os filhos que fosse mais respeitosa. Deixamos, pouco a pouco, de tratar as crianças como se elas não tivessem sentimentos reativos à maneira como os adultos se relacionavam com ela.
Essas mudanças provocaram transformações na formação da criança: ela passou a ser mais questionadora, a ter mais presença e a ser reconhecida como integrante do grupo familiar, com direitos, e não apenas com o dever de obedecer aos pais. Surgiu, então, uma frase: "Cala a boca já morreu".
A transição de uma fase à outra não ocorreu sem percalços, é claro. Muitos pais se perderam, as crianças passaram a ser o centro da família e tornaram-se ruidosas, exigentes, autoritárias até. Foi então que passou a circular no mundo adulto a ideia de que as crianças não têm limites e esse conceito pegou.
O mundo dos adultos mudou concomitantemente: a juventude deixou de ser uma etapa da vida e passou a ser um estilo de viver e isso levou o adulto a viver mais para si e a ter grandes dificuldades de renunciar ao que considera importante em sua vida. A busca da felicidade transformou-se em meta de vida e isso fez com que problemas e dificuldades que surgiam no trajeto da vida fossem ignorados ou contornados para que desaparecessem.
Como consequência dessa nova forma de estar no mundo, tanto de crianças quanto de adultos, surgiram contradições. Os adultos querem tranquilidade e filhos ao mesmo tempo. As crianças querem ser atendidas e, hiperestimuladas, tornam-se agitadas e fazem os pais perderem a paciência em curto espaço de tempo. Como conciliar a convivência de expectativas tão distintas?
O avanço tecnológico nos permitiu ressuscitar o "Cala a boca, menino!". Por onde andamos, vemos crianças entretidas com tablets, aparelhos celulares, reprodutores de vídeos portáteis. Em restaurantes, em carros, em hotéis, em praias, vemos crianças hipnotizadas com as traquitanas tecnológicas.
A televisão já ocupou esse lugar, tanto que foi chamada de "babá eletrônica". Mas ela tem restrições: só pode ser usada em casa. Agora, esses outros recursos possibilitam que as crianças deixem de perturbar os pais em qualquer lugar.
A tecnologia e a internet e suas amplas possibilidades fazem parte da vida de nossas crianças e são recursos que podem ser usados de modo rico e favorável a elas. Mas, dessa maneira que as temos usado, é apenas mais um estímulo que se junta a tantos outros.
É ingenuidade pensar que a criança se acalma com seu uso. Ela se agita mais ainda sem ter alvo certo, sem aprender a dirigir sua energia para o que precisa, torna-se ainda mais dispersa.
O "Cala a boca, menina!" de hoje é bem mais sofisticado e sedutor, mas continua a ser um "cala a boca".
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/roselysayao/2013/08/1322221-cala-a-boca-ja-morreu.shtml
Uma imagem diz mais que mil palavras...
Convido você a fazer uma análise simples das imagens abaixo!
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Nossas crianças já nascem com chip??? |
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Hoje o mundo nos oferece tudo ao mesmo tempo, o que é bom e o que não é... cabe aos educadores orientar escolhas e determinar caminhos??? Ou isso é papel da família??? |
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A tecnologia pode favorecer a Educação??? De que forma??? |
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